segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pedal no Feriado - São Carlos a Poços de Caldas

Resolvi fazer um pedal saindo de São Carlos e seguir pelo Caminho da Fé até Andradas. De Andradas seguiria para Poços de Caldas e lá encerraria o Pedal.

Dia 01 - 30/05/2013
De São Carlos a Tambaú
Nos dias anteriores choveu bastante. Ainda estava na dúvida se eu iria realmente pedalar pois a previsão era de chuva para os 4 dias do feriado.
Resolvi encarar e saí rumo a Tambaú.
A ideia era seguir pelo Caminho da Fé.
Como eu estava indeciso se iria pedalar ou não devido a chuva, acabei saindo tarde de casa e fui até Porto Ferreira pela SP 215. Isso me ajudou a recuperar o tempo perdido e a evitar o barro que tem neste percurso que conheço bem. Acabei nem entrando em Descalvado e segui direto para Porto Ferreira, onde cheguei por volta das 13h00.
Igreja em Porto Ferreira

Rio que corta a cidade de Porto Ferreira


Entre Porto Ferreira e Tambaú



O trânsito estava tão tranquilo (apesar de ser o primeiro dia do feriado prolongado) que acabei indo até Tambaú pela estrada pavimentada. Saindo de Porto Ferreira, tem uma estrada que nos leva ao Distrito de Santa Cruz da Estrela.


Chegada no distrito de Santa Cruz da Estrela

Igreja em Santa Cruz da Estrela
Saindo de Porto Ferreira o caminho é suave, praticamente plano com poucas subidas. De Santa Cruz da Estrela até Tambaú são 10km de subidas intermináveis.




Cheguei em Tambaú por volta das 16h00.



Fiquei hospedado no Eliana Hotel. Bem simples mas com um atendimento muito simpático do Junior.
Pernoite por R$ 45,00 com café da manhã.

Como cheguei relativamente cedo, resolvi ir até o Santuário de Aparecida. Assisti a parte final de uma Missa e segui junto a uma procissão que ia até a Igreja de Santo Antônio.







Santuário de Aparecida


Procissão

Capela de Santo Antônio


Jantei em uma lanchonete que fica ao lado do Santuário de Aparecida.
Devido a um problema na Antena do hotel, a televisão não pegava nenhum dos canais. Só me restou ir dormir. Com o frio que estava isso foi relativamente fácil.

Dia finalizado sem chuva e com 96km rodados.


Dia 02 - 31/05/2013
De Tambaú a São Roque da Fartura

O dia amanheceu bastante frio e com céu azul.
Sai do hotel exatamente as 7h30 após um simples mas gostoso café da manhã. Aproveitei e levei uma banana para um "lanchinho" no meio do caminho.
Minha intenção era seguir pelo caminho da fé até a pousada da Dona Cidinha, que fica entre Vargem Grande do Sul e São Roque da Fartura.


Saindo de Tambaú. Frio de "rachar"


Estrada que liga Tambaú a Casa Branca




Como o tempo estava melhor resolvi seguir pelo Caminho da Fé, conforme meu planejamento inicial.
Depois de Tambaú, a próxima cidade é Casa Branca.

Capela na entrada da cidade de Casa Branca


Passei na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro. Como eu não pretendia fazer o Caminho da Fé completo, nem me preocupei em levar credencial e com isso não era necessário parar nos locais para carimbar a credencial.



Saindo de Casa Branca, recebi a informação que devido a queda de uma ponte de madeira o caminho teria que seguir pela SP 215 até Vargem Grande do Sul.

Cheguei em Vargem do Sul por volta das 11h00 e estava com bastante fome. Procurei um local para almoçar e "detonei" um prato feito. Acabei nem deixando a comida assentar direito ao estômago e já segui rumo a pousada da Dona Cidinha que fica 13km após Vargem grande do Sul.
Daí pra frente as fortes subidas começam a aparecer. Felizmente o visual compensa cada subida.
Por volta das 13h00 cheguei na Pousada da Dona Cidinha e como ainda era cedo resolvi seguir até São Roque da Fartura e tentar achar uma pousada. Fiz contato na Pousada da Cachoeira e consegui hospedagem.

Agora só me restava pedalar mais 14km por subidas intermináveis, vencer a temida Serra da Fartura e chegar na pousada.
Após sair da Pousada da Dona Cidinha encontrei um grupo com 9 peregrinos que estavam fazendo o caminho até Águas da Prata. Aproveitei a oportunidade de encontrá-los em uma enorme subida e desci da bike para acompanhá-los caminhando (rs rs rs).

Assim que apareceu uma descida subi na bike e me despedi do pessoal. Eram todos de Santo André.

O caminho foi seguindo por enormes subidas e finalmente venci a Serra da Fartura, também conhecida com Serra da Tortura.

Do final da Serra da Fartura até São Roque da Fartura tem apenas descidas que o vento bate gostoso na cara.
A pousada da cachoeira fica 2km após a cidade.
Cheguei na pousada por volta das 15h30

A Dona Cida (proprietária da pousada) foi muito simpática e me convidou para conhecer a cachoeira que fica nos arredores da pousada. Coisa linda.

Após conhecer a cachoeira fui descansar enquanto a dona Cida preparou uma deliciosa janta.

Detonei a deliciosa refeição e fui descansar.

Dia finalizado com 93km


Dia 03 - 01/06/2013
De São Roque da Fartura a Poços de Caldas

Hoje a intenção era pedalar até Andradas e no dia seguinte seguir de Andradas até Poços de Caldas, onde minha esposa iria me apanhar.

Saí um pouco mais tarde da pousada, por volta das 8h15 ruma a Águas da Prata.
A altimetria diz que basicamente é só descida. Realmente é verdade. O problema é que são descidas complicadas, com muitas pedras soltas e próxima a Águas da Prata é praticamente impossível descer montado na bike.
Cheguei em Águas da Prata por volta das 10h00. Conversando com o pessoal na sede do Caminho da Fé, eles não me aconselharam a seguir no dia seguinte de Andradas até Poços de Caldas, pois a estrada além de ser muito sinuosa não tem acostamento e o risco seria eminente pois os carros passariam muito próximos a mim nas curvas devido a falta de acostamento.
A previsão para o dia seguinte era de chuva e isso poderia deixar o percurso anda mais perigoso. Diante disso, decidi seguir de Águas da Prata direto para Poços de Caldas. Subida básica de quase 20km.
Passei em uma padaria e comprei 2 pães de queijo para amoçar mais tarde.
A subida da serra é cruel. O tempo passa rápido e a quilometragem avança devagar. Depois de 1 hora pedalando nas longas subidas resolvi almoçar.
Finalmente as 14h30 cheguei ao Portal. Embora ainda faltavam quase 20km para chegar no centro da cidade, o portal significava o fim das subidas mais difíceis.
Encontrei 2 ciclistas na entrada da cidade e eles me indicaram o caminho do Hotel Nossa Senhora Aparecida, o qual foi indicação dos amigos da Sede do Caminho da Fé em Águas da Prata.
Pedalei um pouco menos que o previsto mas a subida me deixou exausto.
Cheguei no hotel e fui descansar para passear com minha esposa que iria me encontrar n dia seguinte.
Era o fim do pedal.
Dia finalizado com 48km

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Caminho da Fé

Depois de alguns dias planejando eu estava determinado a fazer o caminho sozinho já que não encontrava nenhum interessado em fazer o caminho na data que eu tinha disponível. Num destes pedais de fim de semana acabei conversando com o Samuel sobre minha intenção e ele se mostrou interessado.
Depois de algumas conversas ele decidiu me acompanhar na aventura.

Dia 01
São Carlos a Tambau - 108km



Como normalmente acontece o início colocou a prova nossa determinação. O dia amanheceu com muita chuva e muito frio.
Conforme combinado nos reunimos as 7h30 em frente a igreja catedral para dar início ao pedal rumo a Aparecida do Norte.


Acertando os últimos detalhes antes da saída


 A hora havia chegado

Simbora!!! 

Vídeo (chegando na Catedral de São Carlos-SP (local de saída)





Na Catedral (São Carlos-SP) 

Na Catedral (São Carlos-SP)


Vídeo da saída (início do Caminho da Fé)


O início foi relativamente tranquilo, apesar da chuva.
Depois de alguns km já estávamos totalmente molhados e fazendo muita força para pedalar já que era tanta água que caía que a bike afundava na lama.
Nós fomos apenas com uma mochila nas costas e sem carro de apoio. Com o passar do tempo a mochila (apesar de "quase" impermeável - rsrsrs) começou a ficar encharcada e o peso era cada vez maior.
De tanta chuva foi impossível tirar alguma foto. O risco de quebrar a máquina era eminente.

Após chegarmos em Descalvado fomos no hotel para carimbar nossa credencial. Estávamos com tanto barro que ficamos esperando na porta do hotel. Não tivemos coragem de entrar.
De Descalvado até Porto Ferreira a chuva apertou ainda mais. Era tanto barro que começamos a ter problemas com os freios. Meu freio (a disco) ainda funcionava um pouco mas o do Samuel (V-Brake) praticamente não ajudava em nada no objetivo de parar a bike.

Com muito cuidado nas descidas e fazendo um grande esforço nas subidas devido ao barro, chegamos na entrada de porto Ferreira.
Era tanto barro que não teria como entrarmos em nenhum lugar para comer algo.
Achamos uma casa em construção e os pedreiros gentilmente nos cederam a mangueira para nos lavarmos.
Apesar do frio, tomamos um banho na construção e fomos em busca de um restaurante.
Achamos um na beira da Rodovia Anhanguera e comemos muito. Deixamos os lugares onde sentamos totalmente encharcados pois ainda estávamos molhados. O pessoal do restaurante não se importou e nos atendeu super bem.

Após o almoço seguimos em frente e a chuva não parava. Seguimos em direção a Santa Rita do Passa Quatro e devido ao problema com os freios ter aumentado decidimos ir pela Rodovia até Tambaú. Era triste ter que sair um pouco do Caminho da Fé, mas não teríamos a menor possibilidade de seguir por terra sem freio.
Chegamos em Tambaú por volta das 16h30. Ficamos hospedados na casa da Rafa (amiga do Samuel). Aliás que recepção. Comida deliciosa e muita simpatia.
O melhor é que ao lado da casa da Rafa tinha uma bicicletaria. Embora eu tivesse colocado pastilhas novas para o caminho da fé, elas ficaram totalmente "zeradas" por causa da chuva. O pior, na bicicletaria na tinha a pastilha do meio freio (Avid Juice 3). Sorte que eu havia levado as pastilhas velhas e elas iriam ter que aguentar um pouco. O Samuel precisou trocar todos os cabos de aço e também as sapatas dos freios dianteiro e traseiro
pois ficaram "zeradas".


Vista da cidade de Tambaú






Carimbando a credencial em Tambaú.



Associação dos amigos do Caminho da Fé - Tambaú

Por volta das 20h00 o serviço nas bikes foi finalizado. Não me lembro o nome da pessoa que nos atendeu na bicicletaria mas a pessoa foi super atenciosa e prestativa.



Dia 02
Tambaú a Pousada da Da. Cidinha (13 km após Vargem Grande do Sul) - 79km

O dia amanheceu com uma fina garoa. Nada comparado com a chuva do dia anterior.
Tomamos um excelente café da manhã na casa da amiga Rafa e as 7h30 já estávamos na estrada.
No dia anterior assim que cheguei em Tambaú meu pneu dianteiro começou a murchar. Na bicicletaria ele foi consertado mas saindo de Tambaú ele furou novamente. na verdade havia um pedacinho de caco de vidro no pneu que nosso amigo da bicicletaria não conseguiu encontrar e como o vidro ficou no pneu a câmara furou novamente. Felizmente o Samuel encontrou este pequeno caco de vidro no pneu e resolvemos o problema.


Samuel me ajudando a consertar o pneu


Remendando a câmera


Setas pelo caminho

Continuamos com a fina garoa e chegamos em Casa Branca por volta das 10h00.


Igreja Nossa Senhora do Desterro - Casa Branca


Só faltavam 396km

Procuramos uma bicicletaria em Casa Branca para ver se eu achava as pastilhas do freio mas infelizmente elas não tinham. Paciência, vamos em frete usando o freio o mínimo possível!!!

Almoçamos em Vargem Grande do Sul e devido a chuva não deu pra fotografar nada. Rapidamente seguimos para a pousada da Dona Cidinha que fica 13km após a cidade.



Daí pra frente o cenário começa a mudar. As montanhas começam a chegar e junto a dificuldade do pedal vai aumentando.












Da-lhe Samuel!!! (parceiro)
Felizmente a chuva começa a diminuir



As subidas estavam começando


Igrejinha no bairro Peroba (área rural) em Vargem Grande do Sul




Após algumas subidas intermináveis chegamos na pousada da Dona Cidinha por volta das 15h00. Adotamos a estratégia de quebrar a subida para São Roque da Fartura em 2 partes. A pousada da Dona Cidinha está localizada praticamente no meio da subida.

Finalizamos o dia com 79km e felizmente a chuva estava diminuindo.


Jantar na pousada


Samuel descansando


Eu mesmo. rs rs rs


Nossas tralhas. Felizmente quase nada molhou. Coloque toda a roupa em um saco de lixo antes de colocá-la na mochila.
Carimbando a credencial

Na pousada tem um quadro que tem muitas fotos de peregrinos


Pousada (lugar mágico)


Samuel, Sr. Chico, Da. Cidinha e Dema
Vista da pousada



Dia 03
Vargem Grande do Sul a Andradas - 64km

Durante a noite ventava tanto que achávamos que estava chovendo. Isso nos desanimou bastante. Só depois de muito tempo fomos ver que o barulho era na verdade das folhas das árvores e que apesar de nublado não tinha chuva. Isso de certa forma atrasou nossa saída pois ficamos esperando a "chuva" passar. rs rs rs


Prontos para iniciar o terceiro dia




O pedal foi avançando e cada vez eram mais subidas. Felizmente a gente aprende no caminho que cada subida tem sua recompensa. Um visual maravilhoso.




Segura o poste Samuca, senão ele cai. kkkk



Como foi bom poder pedalar sem chuva. Com a altitude cada vez maior o frio começava a incomodar. Fico imaginando se estivéssemos molhados com seria.

O pedal segue com fortes subidas até que de repente fomos surpreendidos com uma caridosa torneira na porta de uma das fazendas. Felizmente ela fica quase no final da subida.







Se precisar tem até caneca




Com muita luta conseguimos vencer a Serra da Fartura. Na verdade as pessoas a chamam de Serra da Tortura de tão íngreme que é.


Após São Roque da Fartura tive outro pneu furado (pra variar...rsrsrs) - Foto do Samuca consertando.








Passamos por São Roque da Fartura e seguimos em direção a Águas da Prata. Segundo a altimetria era só descida. Realmente é verdade mas devido as chuvas dos dias anteriores, fizemos muito esforço para andar com a bike nas descidas. Era lama que não acabava mais. Passamos por uma espécie de um vale. Pareca que toda a água do mundo tinha caído naquela região.







Vista da chegada em Águas da Prata

Assim que chegamos em Águas da Prata paramos em um posto e o proprietário gentilmente nos deixou lavar as bikes.

Fomos procurar uma bicicletaria para ver se eu encontrava as pastilhas para o meu freio (pois é, eu ainda  não havia encontrado). Na bicicletaria localizada ao lado da sede do caminho da fé eles não tinham a pastilha mas poderiam conseguir em uma cidade vizinha. Acertamos o preço e fomos almoçar enquanto a peça chegava. Na verdade acabamos fazendo apenas um lanche para tentar agilizar. Isso mais tarde iria fazer toda a diferença.


Sede do caminho da fé em águas da Prata


Almoço na praça central

Depois de um pouco de atraso, a pastilha do freio chegou e foi feita a troca da pastilha. Saímos de Águas da Prata por volta das 13h30 em direção a Andradas, onde iríamos enfrentar a temida Serra do Caçador.




Barreira dos 300km próxima


Eram subidas e mais subidas. Parecia que não teria fim. O fato de não termos almoçado nos custou bastante. A fome era brutal e pra terminar de piorar nossa água também havia acabado.

Depois de muito sobe sobe e sobe, eis que aparece a cidade de Andradas. Não tem como explicar o quanto ficamos felizes. rs rs rs


Quando menos esperávamos o Samuel achou uma paçoca na mochila dele. Era felicidade demais da conta sô!!!!


Dividimos a paçoca e seguimos em frente rumo a Andradas, já no estado de Minas Gerais.

Chegada a Andradas



O dia foi completado felizmente sem chuva. Chegamos no Palace Hotel por volta das 17h30 com 64km rodados.



Dia 04
Andradas a Borda da Mata - 73km

Apesar da relativa baixa quilometragem no dia anterior, devido as subidas acordei cansado. As pernas pareciam estar "pesadas".
O dia seria longo.
Nosso trajeto era: Serra dos Lima, Barra, Crisólia, Ouro Fino, Inconfidentes e finalmente Borda da Mata.

Saímos do hotel por volta das 07h00 e acabamos fazendo um lanche para levar na viagem. Havíamos decidido não parar para almoçar para tentar chegar um pouco mais cedo em Borda da Mata.

O início do pedal foi pela temida Serra dos Lima.






No meio da subida tem uma capela onde possui água potável


Toda subida tem sua "recompensa"




Comunidade chamada Barra


Logo na saída de Barra tem uma subida animal. Até conseguimos subir pedalando a primeira metade. mas a inclinação e as pedras soltas torna praticamente impossível seguir pedalando. Depois da subida chegamos na cachoeira da Barra.




Cada vez mais alto


Por volta das 11h00 chegamos em Crisólia. Carimbamos a credencial no Bar da Zetti.



Seguimos em direção a Ouro Fino, onde chegamos por volta das 12h15




Tradicional foto com o menino da porteira
O Samuel disse que ele tem chulé!!!

Paramos em uma praça para fazer um lanche rápido (aquele que pegamos no café da manhã e guardamos na mochila) e seguimos para Inconfidentes. Ainda tinha um bom pedaço pela frente até Borda da Mata. Inconfidentes é a cidade do famoso Maurão. Além de fazer um delicioso pastel o Maurão é uma pessoa iluminada. e tem sempre algum ensinamento sobre o caminho da fé.

Parceria

Perto de romper a barreira dos 200km

Tratamento especial para os peregrinos



Infelizmente sem saber o motivo eu não encontrei as fotos que tiramos com o Maurão em Inconfidentes. Depois de um pastel e um bom descanso no Bar do Maurão, seguimos rumo a Borda da mata.


E tome subidas!!!


A vista da chegada a cidade é simplesmente magnífica.


Chegamos em borda da mata por volta das 16h30. Cogitamos a possibilidade de adiantar um pouco a viagem mas achamos melhor ficar em Borda da Mata mesmo já que com o final da tarde se aproximando as temperaturas caem muito. Dia finalizado com 73km.



Dia 05
Borda da mata a Paraisópolis - 81km

Nosso trajeto era: Tocos do Moji, Estiva, Consolação e finalmente Paraisópolis.
Como de costume saímos bem cedo do Hotel.
Era 7h00 e já estávamos na estrada.
Este dia começou com muito frio e demorou um bocado para eu me aquecer e encarar o pedal com naturalidade. Eu estava com tanto frio que acabei pegando emprestada a capa de chuva do Samuel.


Saída para Tocos do Moji. Vejam a neblina. Com isso dá pra imaginar a baixa temperatura











Depois de muito esforço para vencer mais uma serra, chegamos a divisa entre as cidades de Borda da Mata e Tocos do Moji.

Rompendo a barreira dos 200km






Vista da serra que fica entre Tocos do Moji e Estiva




No nosso quinto dia encontramos um pessoal do Rio de Janeiro fazendo o caminho da fé. Pessoas super simpáticas e de alto astral.  Conversamos um pouco e seguimos viagem.





É indescritível a sensação de pedalar por estes caminhos...


O caminho é muito rural. Você está o tempo todo passando por sítios, fazendinhas e pastos. O pessoal é muito receptivo. Quando você menos espera estão te convidando para tomar um café.Acho mesmo que o caminho da fé é como se fosse um filme. Ele está sempre passando. Mas é um filme que precisa ser assistido com calma. Tem que ter tempo para curtir senão é a mesma coisa que assistir a um filme e apertar a tecla de avanço rápido. Na verdade tem horas que queremos mesmo é apertar a tecla pause e viver aquele momento intensamente. Se você não tiver pressa você começa a perceber que você pode fazer parte deste filme e começar a interagir com ele.




Chegamos em Estiva por volta das 12h30 e fomos procurar um restaurante. A fome parecia insaciável naquele momento.



Após um belo e reforçado almoço seguimos rumo a consolação.




E tome subida...

Capelinha perdida no meio da estrada de chão



Chegamos em Paraisópolis por volta das 17h30 e ficamos hospedados na Pousada da Praça, conforme sugestão do amigo Maurão. Muito boa a hospedagem.

Tomamos um banho e fomos assistir a missa, afinal era Domingo.



Depois da missa fomos jantar e acabamos escolhendo uma pizza que saciou nossa fome. Na dúvida, antes comemos uma porção de fritas.







Dia 06
Paraisópolis a Campos do Jordão - 56km

Para este dia iríamos sair de Paraisópolis e passar por Brasópolis, Luminosa, Campista e finalmente chegar em Campos do Jordão.

Apesar da baixa quilometragem este dia era bastante esperado. Teríamos que encarar a temida subida da serra da luminosa. São praticamente 20km de subida. Iríamos sair de 900 metros de altitude e chegar aos 1800 metros.









Saímos de Paraisópolis por volta das 06h30 e logo chegamos em Luminosa.




De Luminosa para frente teve início a grande subida.









Só pra ter uma noção da inclinação da subida



Lá pra baixo ficou  cidade de Luminosa


Depois de quase 3 horas de pedal (17 km) chegamos no topo da serra, onde voltamos a pedalar no estado de São Paulo.



Passamos por Campista e depois de mais um pouco de pedal chegamos exaustos em Campos do Jordão.





Chegamos em Campos do Jordão por volta das 15h00.
Pensamos na possibilidade de seguir rumo a Aparecida do Norte, pois apesar de ter que pedalar mais 72 km sabíamos que a maioria seria por descidas e partes planas. O problema é que talvez não chegaríamos antes das 18h00 em Aparecida e com isso não poderíamos entrar no Santuário de Aparecida.
Resolvemos pernoitar em Campos do Jordão na Pousada do Peregrino.




Dia 07
Campos do Jordão a Aparecida do Norte - 72km

Hoje o percurso saia de Campos do Jordão, passando por Pracuana, Pindamonhangaba, Roseira e finalmente aparecida do Norte.
Ansiedade. Esta é a palavra que resumiu este dia. Muita emoção por estar próximo do objetivo. Não só o objetivo de completar o percurso mas também de entrar no Santuário de Aparecida.











Por volta das 10h45 chegamos em Aparecida.
Emoção indescritível.

A secretaria da Basílica de Aparecida emite o Certificado de Peregrino. Durante o percurso, vamos carimbando as credenciais e ao apresentarmos a credencial com os carimbos, o Certificado é emitido sem nenhum custo e serve para nos deixar ainda mais emocionado.

Estávamos muito felizes por termos superado o desafio. Correu tudo da melhor forma e agradecemos a Deus e aos nossos familiares que sempre nos apoiaram nesta empreitada.

Para quem tem intenção de fazer o Caminho, no site do Caminho da Fé (www.caminhodafe.com.br) tem o mapa com as distâncias referenciais, gráficos de altimetria e também o contato de todas as pousadas existentes no caminho.
O Caminho da Fé é todo sinalizado com setas amarelas e é praticamente impossível se perder.